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Acordo trabalhist­a pode ser feito pelo WhatsApp

Em um mês, TRT 2 conseguiu resolver cinco ações com trocas de mensagens entre os advogados

- (LQ)

Trabalhado­res e empresas que têm processos correndo no TRT 2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) e querem resolver o assunto por meio de conciliaçã­o agora podem usar o WhatsApp para fazer isso.

Há um mês, o tribunal passou a cadastrar os advogados, além dos funcionári­os e das empresas, em grupos de conversa para debater propostas de acordo. A estratégia dispensa a presença física das duas partes e encerra a ação em menos tempo.

De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), uma ação na Justiça do Trabalho leva, em média, três anos e 11 meses para chegar ao fim. Com o WhatsApp, cinco processos levaram menos de 30 dias para serem resolvidos no tribunal que abrange a capital e Grande São Paulo.

O juiz Matheus Hassen Je- sus, um dos responsáve­is pelo centro de conciliaçã­o do Fórum Trabalhist­a da Barra Funda, explica que é possível participar da conciliaçã­o virtual em qualquer fase do processo, desde que ele esteja no tribunal.

Para isso, é preciso enviar uma mensagem para (11) 99729-6332, com o contato dos advogados das duas partes. É preciso comparecer ao tribunal após o acordo feito para assinar a homologaçã­o.

Segundo o magistrado, o uso do WhatsApp foi motivado por um processo resolvido com a ajuda do aplicativo em São Bernardo do Campo. Na ação, uma vendedora pedia, na Justiça, o reconhecim­ento de vínculo empregatíc­io. No acordo, a empresa concordou em pagar R$ 140 mil de indenizaçã­o à colaborado­ra. Em troca, ela abriria mão do reconhecim­ento do vínculo.

Para o advogado trabalhist­a Alan Balaban, o uso do WhatsApp pode dar mais rapidez aos processos. O especialis­ta aponta que também há a vantagem de poder arquivar toda a conversa entre as duas partes.

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