TTiinderr parra cccrrriiisstttãoss prega sexo só depois do casamento
Aplicativo de namoro incentiva fiéis a fugir de encontros casuais. Clientes divulgam até igreja que frequentam
Sites e aplicativos de relacionamento voltados a cristãos têm atraído cada vez mais adeptos com uma “pegada” bem diferente: em vez de promover encontros casuais (como o famoso Tinder), pregam sexo somente depois do casamento.
Somente o Divino Amor, aplicativo de relacionamentos entre evangélicos lançado em 2009, tem 2,5 milhões de usuários em todo país, que pagam mensalidades a partir de R$ 21,99, e ganha 45 mil adeptos por mês. E são pelo menos 15 testemunhos de casamentos todos os meses. “O nosso é o único produto que, se formos eficazes, perdemos o nosso cliente”, afirma Marcos Moraes, presidente do Match Group LatAm, empresa que também é dona do Tinder.
Segundo Moraes, ao contrário do que se possa imaginar, a segmentação dos sites de relacionamento por religião ou por gênero, por exemplo, não ameaça o Tin- der. “O Tinder quebrou uma barreira no Brasil e abriu mais mercado. O Divino Amor é um produto para quem não quer entrar em um aplicativo genérico, pois quer algo mais sério”, afirmou.
O fato de os clientes pagarem mensalidade e fazerem um cadastro com uma série de informações, inclusive o nome da igreja que frequentam, também afugenta quem busca uma aventura.
Conselheiro do Divino Amor, o pastor presbiteriano Antonio Junior disse que a questão do sexo antes do casamento é uma das principais perguntas de usuários que ele responde. “Eu explico que Deus fez o sexo para o casamento. Se o sexo acontece antes, pode ter consequências não desejadas, como frustrações, brigas e gravidez. Hoje o mundo está virado, mas a Bíblia não muda”, afirmou o pastor.
O Namoro Católico foi criado há nove anos para católicos encontrarem pretendentes da mesma fé. Atualmente com 2.000 cadastrados, já formou dezenas de famílias. “Como católico praticante, queria fazer algo que pudesse trazer uma renda extra e também que fosse um serviço apostolado”, afirmou Jener Paulo de Lauriano, criador do aplicativo.