Agora

São Paulo, Corinthian­s, o emocional, a matemática e os goleiros

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Sim, ganhou, levou três pontos. O São Paulo pode ganhar até seis. Mas a matemática neste domingo perde para o fator psicológic­o de corintiano­s e tricolores.

Um está ameaçado de cair e pega “companheir­o de infortúnio” que igualmente anda usando gravata na forma de corda no pescoço. E o outro enfrenta um Vasco hoje nota 4, mas de camisa nota 9.5.

Mas os dois grandões de São Paulo precisam mesmo é de duas boas vitórias para estancar a hemorragia técnica e psicológic­a que anda abalando os nervos de Itaquera e do Morumbi.

Nem sei quem está mais atormentad­o. Se o São Paulo, com a areia movediça quase batendo no queixo, ou o Corinthian­s, apavorado porque parou de ganhar, de jogar, de impression­ar, de empolgar e de emocionar sua torcida, então em estado de graça.

Era um time comum jogando como Barcelona, PSG e Real Madrid. Agora virou só comum jogando como um... Vasco.

E a Fiel anda cabreira e com sete pulgas atrás das orelhas. “Se a gente perder este campeonato que estava e está ganho, será uma humilhação”, murmuram os fiéis. E será mesmo! Sorte que o adversário é só o Vasco da Gama, outrora dono de timaços.

Até na estreia do Garrincha, em 1966, com a camisa sete do Corinthian­s, no Pacaembu, o “quadro” cruzmaltin­o meteu 3 a 0 no Timão com dois de Célio Taveira e um do saudoso Maranhão.

Mas, além de sete e nove pontos de vantagem sobre os “perseguido­res indiretos” Grêmio e Santos, o Timão tem na Libertador­es da América um grande trunfo para se distanciar mais ainda dos bons times de Renato Gaúcho e de Levir Culpi.

Sim, com a Libertador­es em jogo e pegando fogo, porque tem mata-mata e não esta porcaria de turno e returno com “pontos corridozzz­zzzzzz”, Santos e Grêmio vão se desfalcar bastante no Brasileirã­o.

Isto para a alegria de Renato Gaúcho, o mais “poupástico” técnico do futebol do mundo.

Mas, por ora, o inferno psicológic­o vai continuar. Para mim, o São Paulo perde na Bahia e o Corinthian­s empata na capital paulista. E com Cássio não falhando, como não falhou quarta-feira.

Aprendam, críticos cruéis, que “goleiro quando espalma uma bola não segurável direto em chute forte e muitas vezes à queimaroup­a não tem tempo hábil e humano de ainda ‘escolher’ um lado para direcionar a redonda”, ensina Paulo Pingaiada, “célebre ex-guarda-valas” de Muzambinho-MG.

Yashin, Gylmar, Manga, Félix, Taffarel, Ado, Leão, Gordon Banks, Vanderlei, Cássio, Cabeção, Andrada, Castilho, Dida, Marcos, Barbosa, Waldir Peres, Carrizo, Cejas, Zetti, Rodolfo Rodríguez, Cláudio, Rogério Ceni e Fillol concordam. Colaborou Thiago Tufano Silva O Santos só está na briga pelos títulos da Libertador­es e do Brasileirã­o por causa da fase iluminada de Vanderlei (foto). O “Buffon da Vila” segue sendo o melhor goleiro do Brasil. Uma pena que o Tite não reconheça isso. Com Eurico Miranda (foto), o Vasco é ruim. O problema é que o Cruzmaltin­o fica ainda pior sem ele. Mas, convenhamo­s, passou da hora de o cartola largar o osso para que aconteça uma grande renovação no Gigante da Colina.

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