Capital tem menos varrido no primeiro semestre
Foram 6% menos toneladas recolhidas que na administração anterior. Tremembé tem mais reclamações
Antes de assumir a prefeitura, João Doria (PSDB) definiu São Paulo como lixo vivo, numa crítica aos problemas de zeladoria da cidade. Em seu primeiro semestre como prefeito, porém, a quantidade de toneladas varridas na capital paulista recuou.
Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que a gestão Doria recolheu 6% menos toneladas de sujeira em São Paulo nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período de 2016, na gestão Fernando Haddad (PT).
A limpeza das ruas é uma das bandeiras de Doria, que se vestiu de gari e obrigou seu secretariado a fazer o mesmo. O uniforme se tornou símbolo da Cidade Linda. O programa lançado por Doria e a ênfase dada ao tema em discursos e divulgações não foram suficientes para fazer o recolhimento de lixo decolar. Os consórcios responsáveis pelo serviço, Sola e Inova, recolheram no 1º semestre 45.427 toneladas, contra 48.332 toneladas no mesmo período de 2016.
A conta inclui o lixo retirado pelos garis e o que a po- pulação joga nas lixeiras da cidade, além do recolhido de pontos viciados de descarte.
A gestão Doria atribui o menor volume a um programa de redução de descarte irregular, entre outros fato- res. Também admite corte de 4,4% no valor dos contratos, mas diz que os serviços não foram diminuídos por isso.
Em fevereiro, a reportagem mostrou queda na varrição logo no primeiro mês da ad- ministração tucana. Naquela época, Doria culpou o desaquecimento da economia.
O distrito com mais reclamações ao 156 da prefeitura é o Tremembé (zona norte).
Em uma das principais ruas do bairro, a Maria Amália Lopes de Azevedo, há embalagens, pacotes de cigarro, e outros lixos que deixam a calcada como um obstáculo. Moradores reclamam que ali não há garis.