Comissão de Ética investiga ministro
A Comissão de Ética da Presidência da República abriu ontem investigações sobre o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, para apurar se ele violou a legislação sobre conflito de interesse.
Os dois procedimentos referem-se a acusações presentes na denúncia oferecida na semana passada pela PGR (Procuradoria-Geral da Re- pública) por obstrução judicial e organização criminosa.
Segundo o presidente do órgão federal, Mauro Menezes, em uma das investigações será apurado se o peemedebista favoreceu as empresas Betim e Odebrecht. A última teria sido beneficiada na concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
No segundo procedimento, será investigado se o ministro favoreceu a mesma empreiteira diante do fato de seu filho, Pedro Moreira Franco, ter atuado como diretor da empresa.
“Nos dois casos se trata de um suposto conflito de interesse”, afirmou Menezes.
Caso seja provada a conduta irregular, o código da alta administração federal prevê tanto uma simples advertência como recomendação de exoneração.
A comissão de ética deu prazo de dez dias ao ministro se defender.
Pagamento
A Comissão de Ética aplicou ainda uma advertência ao secretário especial de Comunicação da Presidência da República, Márcio Freitas.
No ano passado, foi revelado que uma fundação do PMDB, Ulysses Guimarães, repassou R$ 240 mil a Entretexto Serviços, empresa da qual Freitas é sócio-proprietário, quando atuava na Vice-Presidência da República. Na época, ele também recebeu o seu salário do poder público.