Chuva de balas

Ataques a tiros com dezenas de mortes são velhos conhecidos nos EUA. E mais um triste recorde acaba de ser batido.

Desta vez, 59 pessoas foram mortas e mais de 500 ficaram feridas num festival de música em Las Vegas. A tragédia superou a de Orlando, no ano passado, quando 49 morreram numa boate gay.

Ninguém entendeu ainda o que levou o aposentado Stephen Paddock, de 64 anos, a cometer um ato horrível como esse.

As primeiras investigações não acharam nenhuma ligação dele com terroristas ou outros tipos de fanáticos. O sujeito não tinha rolo com a polícia nem com o serviço secreto.

Mas Paddock resolveu e conseguiu levar um monte de armas (23!) para um quarto no alto de um hotel e disparar de lá contra a multidão.

Não é à toa que coisas assim acontecem tanto nos Estados Unidos.

Lá, é direito de todo mundo possuir e portar armas de fogo, e grande parte dos americanos leva isso muito a sério. No país, existem 88 armas para cada 100 habitantes, maior proporção do mundo.

Sempre que há uma chacina como essa, a turma discute se não é o caso de criar mais limites para o comércio de pistolas, revólveres e outros artefatos.

Mas a resistência é grande. Os defensores do direito às armas dizem, por exemplo, que a população deve ser capaz de se proteger dos criminosos.

O argumento pode até fazer sentido. Mas o difícil é evitar que malucos aproveitem a oportunidade para provocar matanças.