Momento pede mais ousadia que alegria individualista!
Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial... Alô, povão, agora é fé! Em um mundo cada vez mais insano, em que comprar arma que pode matar 59 pessoas inocentes é considerado respeito à liberdade individual (e o presidente eleito com a grana da indústria armamentista não dá um pio sobre esse absurdo), respeito cada vez mais atletas que saem da posição de conforto, da bolha privilegiada em que vivem, e usam sua popularidade e prestígio pessoais para se posicionarem e tocarem na ferida em problemas sérios.
Todo o meu respeito a Piqué! Se já era fã do zagueiro do Barcelona desde que ele ganhou o coração de Shakira, parabenizo-o ainda mais por defender o povo catalão das barbaridades e da violência desmedida da polícia espanhola...
Não sou um entusiasta de NFL e prefiro o nosso futebol (“soccer” é uma ova) ao futebol americano, mas aplaudo de pé os jogadores da NFL que se agacham durante a execução do hino americano em protesto às declarações racistas do presidente Donald Trump!
Voltando à nossa realidade, onde o movimento Bom Senso foi um sonho de uma noite de verão e reina o “pouca farinha, meu pirão primeiro”, lamento que não haja um jogador (e há uma porção deles com nome e peso para isso!) que se posicione contra o absurdo que é ser presidido por um cidadão que não pode sair do país para não ser preso pelo FBI. Não é um problema só do futebol. Há exceções pontuais, como a nadadora Joanna Maranhão e algumas jogadoras da seleção feminina de futebol que não aceitaram a estranha troca de Emily Lima por Vadão, e anunciaram que não defenderão o Brasil.
Da série “é tóis”, tem hora que é preciso mais ousadia do que alegria!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!