Uma hora e meia de quase nada de útil na Bolívia!
Devagar, devagar, devagarinho... Alô, povão, agora é fé! Foi um 0 a 0 modorrento e protocolar. Já classificado e com a liderança das eliminatórias sul-americanas, matematicamente, assegurada, o Brasil jogou muito mais contra si mesmo, de olho nas observações e na competição interna promovida por Tite, do que na fragilíssima e eliminada Bolívia.
Nesse sentido, o emotivo Thiago Silva, que tinha sua primeira chance como titular sob o comando atual, deixou o campo com uma lesão muscular ainda na primeira etapa e perdeu a chance de mostrar que pode formar com Miranda a zaga titular na Rússia.
As experiências, a falta de importância da pontuação e como fica mais difícil avaliar o senso coletivo nas alturas de La Paz, o Brasil lembrou um pouco os tempos individualistas de Dunga, em que o esquema era cada um por si e bola no Neymar. O goleiro da Bolívia, Lampe, que apareceu bem em arremates de Gabriel Jesus, Neymar e Paulinho, teria mais trabalho se os brasileiros fossem menos fominha e atuassem mais como equipe.
O corinthiano (que queria esquecer de Kazim e Moisés), o palmeirense (que não está com pressa nenhuma em rever Deyverson em ação), o santista (nada saudoso de prestigiar Kayky) e o são-paulino (que tem todos os motivos do mundo para querer férias do Campeonato Brasileiro) não conseguiram ver algo muito melhor no sonolento Bolívia 0 x 0 Brasil. E olha que o nível do Brasileirão, em que 65% dos times lutam contra o rebaixamento, é armagedônico!
Espera-se muito mais futebol, individual e coletivamente, contra o Chile, terça, no Allianz Parque. Mas poderia ser bem pior. Com Dunga, talvez nem fôssemos à Rússia.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!