Depois de prisão, Nuzman e COB são suspensos pelo COI
Comitê internacional reagiu após o cartola brasileiro ser alvo de investigação sobre compra de votos
Um dia após a prisão de Carlos Arthur Nuzman, 75 anos, o Comitê Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), preso quinta-feira pela Polícia Federal, foi suspenso de suas funções na entidade. Nuzman era membro honorário do COI e integrava a comissão de coordenação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Além disso, o comitê internacional suspendeu o Comitê Olímpico Brasileiro.
Com a punição, o COB está impedido de receber pagamentos e subsídios repassados pelo COI. O comitê nacional também perde seus direitos como filiado ao COI, como fazer parte de associações de comitês olímpicos.
Apesar disso, o COI ressaltou que os atletas brasileiros não serão prejudicados. O país poderá enviar delegação para os Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrerão em f evereiro próximo, em PyeongChang, na Coreia do Sul, e para outros eventos.
Bolsas escolares a atletas do país, geralmente concedidas por meio do programa Solidariedade Olímpica, também estão mantidas.
As sanções, que são provisórias, passam a vigorar de imediato. Elas só serão derrubadas quando a liderança do COB apresentar um plano de governança que satisfaça o comitê executivo do COI.
Na mesma nota divulgada, o COI afirmou que encerrou toda e qualquer obrigação com o Comitê Organizador dos Jogos do Rio, do qual Nuzman é presidente. Assim, o COI não dará um centavo ao Rio-2016, que hoje ainda tem uma dívida de quase R$ 130 milhões.