Hospital de Parelheiros fica sem grana para funcionar
Orçamento de 2018 não prevê recursos para custeio da unidade, que começa a operar em janeiro
A gestão João Doria (PSDB) não destinou no Orçamento de 2018 os recursos necessários para o funcionamento do Hospital Municipal de Parelheiros, no extremo da zona sul da capital. A Secretaria Municipal da Saúde estima em cerca de R$ 100 milhões o custo anual da unidade, que deve começar a funcionar no ano que vem.
Em uma audiência da Comissão de Orçamento da Câmara Municipal, no dia 23 de outubro, a chefe de gabinete da AHM (Autarquia Hospital Municipal), Tania Pedroso, afirmou aos vereadores que a Secretaria da Fazenda tirou da peça orçamentária do ano que vem os recursos que estavam previstos para o funcionamento da unidade. A Autarquia Hospitalar é responsável pela gestão de 34 unidades, entre hospitais e prontos-socorros municipais.
“Não está previsto. Foi cor- tado do pedido [feito pela Saúde para a Secretaria da Fazenda]”, disse Tania, ao responder a uma pergunta da vereadora Juliana Cardoso (PT) sobre os recursos para o custeio do hospital. Segundo ela, a autarquia está negociando com a Secretaria da Fazenda a volta dos recursos.
A previsão, segundo Tânia, é que a unidade entre em funcionamento gradualmente a partir de janeiro. Inicialmente com o setor de pronto-atendimento. Depois, até março, o restante será entregue. A unidade deverá beneficiar cerca de 200 mil moradores da região.
Verba geral
Tania também comenta o corte de verba total para a Autarquia Hospitalar. Para este ano, a previsão no Orçamento é de R$ 1,548 bilhão; para o ano que vem, de R$ 1,446 bilhão. Segundo ela, parte dessa diferença se deve a recursos federais que não foram considerados. “Dos recursos municipais, temos um pedido um pouco maior, principalmente em função do hospital de Parelheiros. Estamos solicitando para a Fazenda que seja reposto esse corte”, disse.