Fechamento de parques muda rotina de vizinhos
Com dois parques estaduais e 13 municipais fechados por conta da ameaça da febre amarela, os moradores da zona norte estão com dificuldade para encontrar lugares para atividades esportivas e de lazer. A saída tem sido usar a calçada e a ciclovia, mesmo, para caminhar, correr, fazer exercícios ou passear com o cachorro.
A aposentada Ana Kolarevic, 85 anos, costuma caminhar diariamente no parque Cidade de Toronto, em Pirituba. “Ando uma hora por dia, pela manhã”, afirma. Com o fechamento do parque, ela anda apenas na área externa, onde aproveita o menor fluxo de carros naquela parte da avenida Cardeal Motta, além da vista do parque. A prefeitura afirma que não há risco para quem usa o lado externo do parque para se exercitar.
O professor de Educação Física Thiago Araújo, 40 anos, teve de mudar o endereço de suas aulas particulares por conta do fechamento do Horto Florestal. “Dou aulas lá há 15 anos, todos dos dias das 7h às 11h30”, afirma. Sem o parque, ele começou a dar aulas na ciclovia da Avenida Brás Leme. “O lugar não é o ideal, porque tem muitos carros e, por isso, o ar é muito poluído lá”, diz.
A gestão João Doria (PSDB) informou que na região há, ao menos, nove Clubes da Comunidade e CEs Clubes Escola que podem ser usados para prática de atividades físicas. Procurado, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) não se manifestou.