O teste da nova CLT
No próximo sábado, dia 11, entra em vigor a maior reforma já promovida na legislação trabalhista do Brasil, a CLT, que existe desde os anos 1940.
É claro que uma mudança tão radical provoca medo em muita gente. Ainda mais porque estamos falando do emprego e dos direitos dos brasileiros.
Para complicar, as novas regras foram aprovadas na correria pelo Congresso. O que era um projeto pequeno, apresentado pelo governo, acabou virando um texto gigante.
Mexeram nuns cem artigos da CLT, que tem mais de 900. Hoje ninguém sabe prever direito o que vai acontecer no mercado com tanta novidade.
A intenção da reforma trabalhista é correta. Já está passando da hora de atualizar a lei, que hoje dificulta as contratações e demissões.
Além disso, gera uma inundação de processos na Justiça.
Com isso, grande parte dos brasileiros acaba tendo de trabalhar sem carteira assinada ou mesmo por conta própria, na base do bico. Isso quando não estão desempregados.
Os celetistas são 38,5 milhões de um total de 104,3 milhões de pessoas ocupadas ou procurando vaga no país.
Para resolver esse problema, a nova lei tem dois objetivos principais: dar força para os acordos entre patrões e empregados e criar novos tipos de contrato, mexendo na jornada e no salário.
Há um monte de dúvidas sobre as regras. Uma parte vai mudar no Congresso, como o próprio governo já prometeu. Muita coisa vai ter que ser testada na prática.
Os trabalhadores precisam ficar de olho, isso é certeza.