Fim da linha?
A menos que aconteça um milagre e a Portuguesa goleie neste sábado a Ferroviária, o melhor time da Copa Paulista, fora de casa, o clube paulistano deve cair nas semifinais do torneio e, consequentemente, dar adeus ao Campeonato Brasileiro, algo raramente visto nas últimas cinco décadas. Como os milagres têm passado longe do Canindé há anos —nem mesmo as pequenas alegrias vêm dando as caras na marginal Tietê—, é provável que a apaixonada torcida rubro-verde passe por esse novo baque.
Lembro-me que, em entrevista ao amigo Luís André Rosa, neste logo após assumir a presidência, em janeiro, Alexandre Barros afirmou que faria de tudo para resgatar a credibilidade da Lusa, com uma gestão mais profissional e planos ambiciosos.
De lá para cá, montou um time mambembe, entrou em conflito que afastou o consultor, Emerson Leão, e, em menos de um ano, trocou o comando da equipe várias vezes: Tuca Guimarães, Estevam Soares, Mauro Fernandes, Márcio Zanardi e PC Gusmão. Também entrou em polêmica ao sugerir, aos conselheiros, o fim do departamento de futebol. Ou seja, mais do mesmo.
Tudo bem que a herança maldita recebida de diretorias anteriores, desde o famigerado caso Héverton, com episódios assustadores de incompetência, descaso e má gestão, não ajuda em nada. A falta de grana também prejudica, e muito, o trabalho, mas não pode virar desculpa —a maioria dos clubes está na pindaíba, mas todos tentam se virar como podem.
Se a queda em Araraquara —e a ausência no Nacional em 2018— se confirmar, não será o fim da Portuguesa. Pelo contrário: talvez seja uma ótima oportunidade para um recomeço.