Modesto promete um time de primeira linha
A quase todas as perguntas, Modesto Roma Júnior para, levanta o olhar para o alto e começa: “Depende...” Seu estilo rendeu brincadeiras entre os opositores.
Como aconteceu na tentativa de contratar o técnico Oswaldo de Oliveira, em 2015, vetada pelo comitê de gestão. Ele recebeu equipe de TV enquanto comia um filé à parmegiana e disse não haver problema em não levar o treinador para a Vila Belmiro. “No Santos é assim: democracia e parmegiana.”
Jornalista por formação, ele vive o dia a dia do clube há décadas. Seu pai, Modesto Roma, é considerado um dos maiores dirigentes da história santista. Foi diretor durante a década de 60.
Antes de ser eleito, no final de 2014, Roma Júnior trabalhou na administração da gestão de Marcelo Teixeira.
O atual presidente sabe o que dizem a respeito do seu estilo. E ri disso. Porque afirma que os opositores não conseguem compreender que essa maneira de ser o ajuda a administrar.
“Às vezes as pessoas não conseguem alcançar o que a gente está dizendo. Às vezes as pessoas interpretam de uma forma pejorativa por interesse próprio ou por oposição sistemática. Deturpam, distorcem...”, afirma.
Mas ele tem na ponta da língua tudo o que fez. Lembra os dois títulos paulistas conquistados em sua gestão (2015 e 2016) e, principalmente, ter montado equipes competitivas quando não havia dinheiro disponível.
Contesta ter aumentado a dívida do clube como dizem. Ao contrário. Garante tê-la diminuído de R$ 400 milhões para R$ 200 milhões.
Agora, segundo ele, chegou a hora de colher os frutos porque, em 2018, ano de Libertadores, o Santos estaria pronto para conseguir fazer maiores investimentos no elenco profissional. Isso por causa da situação financeira mais favorável. “A condição [de contratar] agora é outra”, afirma.