Peres não vê ninguém mais preparado do que ele
José Carlos Peres rejeita a acusação de que a união das oposições não aconteceu por causa dele. “Houve reuniões e eu disse que abriria mão da candidatura. Fiz apenas uma pergunta: para quem? Teria de ser alguém mais preparado do que eu”, responde.
Na visão dele, não há. Aos 69 anos e aposentado do mercado financeiro, considera que esta é a sua última chance para realizar o sonho de ser presidente. Algo que quase aconteceu no final de 2014. Perdeu para Modesto Roma Júnior por 182 votos na segunda votação. A primeira, realizada uma semana antes, foi anulada por tentativa de fraude.
“Muita gente que viajou para votar não voltou. Pelos meus cálculos, se a primeira votação fosse adiante, eu teria vencido.”
Criador da ONG Santos Vivo, em 2000, Peres teve relação com todas as administrações que passaram pelo clube desde o início do século. Diz que fez isso para ajudar, acima de correntes políticas.
Qualquer conversa com o candidato na campanha é recheada pela expressão “choque de gestão”, que usa a todo momento. É maneira de dizer como pretende mudar os destinos do Santos. Ele evita ao máximo fazer ataques aos concorrentes para passar a imagem de quem deseja apenas apresentar propostas. Essa estratégia quase lhe rendeu a presidência há três anos.
“Eu já provei o quanto sou santista. Não sou paraquedista que apareceu neste ano. Estou no clube há mais de 20 anos”, rebate.
Para ocupar a vaga de vice, fechou acordo com Orlando Rollo, que também foi candidato em 2014 e ficou na 4ª posição. A estratégia de Peres é apelar ao público que está em São Paulo. Rollo, ex- líder da Torcida Jovem, tem penetração em Santos e com o eleitorado mais jovem.
Peres sempre foi partidário da construção de uma nova arena. Hoje quer dividir os jogos entre a Vila e o Pacaembu. Rollo era ferrenho opositor do voto à distância, hoje bandeira da chapa.