Prédio invadido no centro vai virar moradia popular
O edifício Mauá, que fica no centro de São Paulo e está ocupado por famílias semteto desde 2007, vai virar moradia popular. A gestão João Doria (PSDB) afirmou que o prédio, conhecido como “Ocupação Mauá”, foi comprado pela prefeitura por R$ 20,1 milhões.
Foram, ao todo, 35 reuniões entre proprietários, sem-teto e representantes da Prefeitura de São Paulo durante meses. Na noite de anteontem, o último encontro durou mais de três horas.
Atualmente, vivem no local cerca de 940 pessoas, sendo cerca de 180 crianças e préadolescentes. Nos últimos meses, as famílias do local negociavam, por meio da Secretaria Municipal da Habitação, a venda do local com os proprietários, enquanto uma reintegração de posse, expedida pela Justiça de São Pau- lo, podia ocorrer a qualquer momento.
Segundo a Secretaria de Habitação, ainda é necessá- rio que um juiz homologue o acordo entre as partes para, assim, o negócio ser concretizado por inteiro. Após a conclusão dos trâmites burocráticos, que devem ser finalizados até fevereiro, serão iniciadas tratativas para definição da demanda, o que, não necessariamente, beneficiará quem ocupou o local durante os últimos 10 anos.
De acordo com o secretário de Habitação, Fernando Chucre, as famílias selecionadas terão de pagar pela posse do imóvel uma quantia de até 20% do total da renda. “Não existe imóvel de graça, a não ser um empreendimento com vínculo com alguma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que tenha tido remoção”, explica Chucre.
O edifício, que já abrigou um hotel, estava abandonado havia cerca de 20 anos antes de ser ocupado em 2007, segundo o MMLJ (Movimento de Moradia na Luta por Justiça).