Bull terrier engoliu pedaços de arame, coco, bola e mangueira
Rejane Décio Belloli descobriu na raça que Gaya estava no rol dos cães mais gulosos.
Aos 3 meses, a bull terrier de focinho rosa passou por sua primeira gastrotomia (cirurgia de estômago). Dela saiu um bololô indistinguível num primeiro momento, mas que depois se revelou um emaranhado de pelo e cabelo envolvendo arame, pedaço de chinelo, uma colher de plástico e um canudo. Onze dias depois, ainda com os pontos no estômago, Gaya se submetia a uma endoscopia para extrair tiras de chinelo e mais pelo.
Na Clínica Evet, no Alto da Lapa (zona oeste), a cachorra passaria por mais duas endoscopias e outra gastrotomia. Acharam gomos de bola de futebol, nacos de coco, pedaços de mangueira e a pulseira de um relógio.
Síndrome
A veterinária Letícia Hebling explica que há uma síndrome cujo principal sin- toma é a compulsão por comer coisas não alimentícias. “É um comportamento muito ligado à ansiedade, que, em alguns casos, pode estar por trás da ingestão contínua de corpos estranhos”, afirma.
Hebling trabalha na clínica PoliVet, em Rio Claro (a 175 km de São Paulo). Ela lembra que os principais sintomas da presença de corpo estranho no animal são prostração, vômitos, falta de apetite, diarreia e abdômen endurecido.