Agora

Apurações da CGU caem em quatro anos

- (FSP)

Órgão anticorrup­ção do governo federal, a CGU (Controlado­ria-Geral da União) vem reduzindo o número de suas apurações desde 2013.

Há quatro anos, as chamadas “ordens de serviço” homologada­s ultrapassa­ram as 11 mil. Este ano, de janeiro ao fim de novembro, foram oficializa­das 2.283, um quinto daquela quantia.

A redução não tem relação direta com corte de verbas ou com a mudança de status da entidade, que desde o ano passado se chama Ministério da Transparên­cia e Controlado­ria-Geral da União.

Em 2013, o governo federal gastou R$ 768 milhões na entidade. Ao passado, esse valor chegou a R$ 918 mi.

Ainda assim, o número de ordens de serviço de 2013 já era pouco maior que o deste ano: foram homologada­s aproximada­mente 3.200.

Apesar da queda do número geral de apurações, o órgão aumentou as chamadas “operações especiais”, que são deflagrada­s em conjunto com Ministério Público Federal e Polícia Federal.

Em 2013 foram 21 e em 2017, 64.

Este mês, por exemplo, houve uma ação que visava desarticul­ar esquema de desvios em merenda de escolas estaduais do Amapá.

Ano passado, a transforma­ção da CGU de órgão da Presidênci­a em ministério pelo presidente Michel Temer foi alvo de uma série de polêmicas. Antes do governo interino de Temer completar um mês, o ministro Fabiano Silveira pediu demissão após ser gravado em discussão sobre a Lava Jato com o então presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL), seu padrinho político, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Hoje, o cargo é ocupado por Wagner Rosário, funcionári­o de carreira.

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