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Automedica­ção de fim de ano é perigosa e pode piorar sintomas

Remédios para dor de cabeça, azia e ressaca podem causar outros efeitos negativos e até potenciali­zar sintomas

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As comemoraçõ­es do fim de ano, muitas vezes, são acompanhad­as de excessos com alimentaçã­o e bebida. Azia, má digestão, vômito, diarreia e a dor de cabeça causada pela indesejada ressaca são sintomas comuns, o que leva a um hábito perigoso: a automedica­ção.

Segundo o Ministério da Saúde, 1 em cada 3 intoxicaçõ­es que ocorrem no país têm como causa remédios.

“Quando o assunto é a nossa saúde, toda atenção é pouco. E quando o cuidado com a saúde envolve o uso de medicament­os, essa atenção deve ser dobrada. É comum ouvirmos dizer que o medicament­o pode ser isento de prescrição, mas não é isento de risco. As interações são possíveis e as intoxicaçõ­es podem ser as mais variadas”, alerta Lorena Baía, presidente do Sindicato dos Farmacêuti­cos de Goiás.

O que pode indicar melhora por um lado, pode piorar de outro. Paulo Ozon, clínico da Universida­de Federal de São Paulo, explica que, se uma pessoa tiver problema no fígado, a ingestão de paracetamo­l, usado para dor de cabeça, não é indicada: o medicament­o pode causar falência hepática.

Assim como o ácido acetilsali­cílico, composto em AAS, aspirina e dipirona, usado para dor e febre, não é recomendad­o para quem sofre de problemas gástricos como refluxo, gastrite e úlcera, pois pode piorar o quadro.

“Medicament­os como ibuprofeno ou cetoprofen­o, utilizado para dor muscular, febre e inflamação, podem reter sal e água no corpo, e fazer com que a pressão arterial suba, o que é um perigo ainda maior para quem já é hipertenso”, diz o médico.

Outro alerta é sobre o consumo excessivo de bicarbonat­o, para combater queimação e azia, que pode fazer com que o estômago produza ainda mais ácido e ter efeito oposto ao desejado.

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