Prisão onde Marin ficará é linha
Condenado nos EUA, ex-cartola vai para local sem banho de sol, considerado um depósito de pessoas
Enquanto espera a sentença pelas seis acusações de que foi considerado culpado, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, ficará preso no Metropolitan Detention Center, em Brooklyn, Nova York. Sem área externa para banho de sol, o local foi considerado um “depósito de seres humanos” pelo advogado americano Arthur Aidala, em entrevista à emissora americana NBC, em setembro.
“Não é uma instalação de reabilitação. Não há um sistema escolar lá, não há aulas. A pior parte é que não existe uma área externa. É apenas um local para armazenar seres humanos”, disse.
A NBC descreveu o local como sujo e sombrio, “onde os presos são privados dos tipos de serviços que fariam seu tempo em uma prisão federal ser mais suportável”.
O MDC abriga, atualmente, 1.765 presos, entre homens e mulheres. Apesar de ter um baixo número de presas, pouco mais de 150, o local conta com um alarmante índice de abusos sexuais contra elas. Uma reportagem do “New York Times” mostrou que três policiais foram presos em 2016 acusados de abusarem de pelo menos meia dúzia de detentas.
Marin foi considerado culpado em seis acusações: conspiração para organização criminosa, fraude financeira nas Copas Américas, Libertadores e do Brasil e lavagem de dinheiro nas Copas Américas e Libertadores. O ex-presidente da CBF ainda aguarda a sentença da juíza Pamela Chen, que só deve se pronunciar sobre o caso no ano que vem. A pena do excartola pode chegar a 120 anos de prisão.