PT pode encolher no Senado no ano que vem
Na primeira eleição legislativa após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT corre o risco de encolher sua bancada no Senado em 2018.
A sigla tem hoje 9 senadores, número inferior ao quadro de 2015, quando 13. Do total, sete parlamentares têm seus mandatos encerrados no ano que vem e apenas duas candidaturas à reeleição são dadas como certas por lideranças da legenda.
Parte da indefinição se dá por dificuldades regionais para alguns senadores con- seguirem palanques fortes na disputa. Como o PT perdeu força após o impeachment, alguns governadores do partido têm preferido dar apoio a siglas que ajudem em suas reeleições.
A candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, que pode ser barrada pela Justiça, também deverá balizar o destino de alguns parlamentares.
O PT vem de um cenário de desgaste provocado tanto pelos escândalos de corrupção quanto pelo impeachment. De 2014 para cá, o partido não conseguiu reeleger o ex-senador Eduardo Suplicy (SP), hoje vereador da capital paulista, e ainda teve outras quatro baixas no Se- nado: Marta Suplicy (MDBSP), Walter Pinheiro (sem partido-BA), Ângela Portela (PDT-RR) e o ex-senador Delcídio do Amaral, que foi cassado após ter sido preso na Lava Jato em 2015.
Dos petistas cujos mandatos terminam no ano que vem, apenas os senadores Jorge Viana (AC), Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) confirmaram as candidaturas ao Senado. Desses, a reeleição de Lindbergh é vista com ressalvas dentro da legenda devido a divergências locais.
Os demais senadores ainda estudam alianças estaduais e a confirmação de que Lula disputará o Palácio do Planalto para definir que cargo vão pleitear em 2018.