Organizado e caro, Réveillon leva 1,7 miillhão à Paulista
Público superou a expectativa, mas preço dos comes e bebes assustou quem foi curtir o Ano-Novo
Contrariando a previsão do tempo, a chuva não apareceu na virada para 2018 na avenida Paulista, região central de SP. O público presente na festa de Réveillon destacou a organização e a segurança como os pontos fortes.
À meia-noite, cerca de 1,7 milhão de pessoas estavam na Paulista e nas ruas próximas que dão acesso ao evento, segundo os organizadores. O número ultrapassou a previsão inicial, que era de 1,2 milhão.
A cantora Claudia Leitte foi a responsável por puxar a contagem regressiva. Antes dela se apresentaram o grupo Sambô, o cantor Latino e o DJ Memê, que também discotecou na parte final.
Por medidas de segurança, a avenida foi separada em quadrantes, com cercas separando grupos de aproximadamente 500 pessoas. Conforme um deles atingia a lotação, era fechado para abertura de outro.
A medida parece ter surtido efeito. “O evento está bem organizado, um ambiente bem familiar. Você não se sente sozinho, dá até para interagir com o público nos hotéis”, elogiou a advogada Arisa Venerando, 25, que estava acompanhada do namorado, o assistente jurídico Thiago Marengoni, 33.
Até 0h30, não tinham sido registrados incidentes graves pela polícia. Cerca de 3.000 pessoas, entre policiais militares, guardas civis metropolitanos e seguranças privados, atuaram no local.
Um ponto negativo destacado pelo público foi o alto preço de comidas e bebidas. “Cerveja a dez reais? Isso é um roubo, até parece que é para afastar quem é pobre”, disse a cabeleireira Sônia Regina Gomes, 55.
O som também apresentou falhas durante os shows. Uma delas ocorreu enquanto Latino apresentava o seu sucesso “Festa no Apê”. “Vocês estão vendo que estou tentando. Outro artista já teria ido embora. Mas a energia de vocês é muito boa”, disse o cantor carioca.