Temer terá de fazer sessões semanais para dilatar
Presidente teve febre e infecção urinária, já tratadas, mas passou a virada do ano no Palácio do Jaburu
O presidente Michel Temer manterá sessões semanais para dilatação da uretra como forma de reduzir o risco de novas obstruções do canal condutor da urina pelos próximos dois ou três meses.
Há cinco dias, Temer teve febre e exames apontaram infecção urinária, apesar de ele tomar antibiótico profilático, indicado a pacientes com sonda na bexiga.
Por recomendação médica, ele tem ficado em repouso no Palácio do Jaburu, onde passou a virada do ano.
Segundo assessores presidenciais, ele tem se recuperado bem e cumprirá agenda de trabalho a partir de hoje.
Para a noite da virada, Temer chegou a ser convidado para uma festa promovida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas ficou com a família no Jaburu.
Segundo o urologista Miguel Srougi, um dos médicos que o acompanham em São Paulo, a febre cedeu e os exames estão normalizados. Temer está sem sonda desde sábado. “Ele está urinando bem, de maneira espontânea, sem qualquer sintoma local ou sangramento.”
De acordo com Srougi, a sonda colocada em intervenção cirúrgica realizada no mês passado, em São Paulo, deveria permanecer na bexiga por três semanas.
Mas, pela presença inesperada de infecção e para favorecer sua erradicação mais eficiente, ela foi retirada com 16 dias.
Histórico
Desde outubro, Temer vem sendo submetido a uma série de procedimentos médicos.
Segundo Srougi, há seis anos, Temer foi submetido a uma cirurgia de próstata, realizada por meio da uretra, para tratar de crescimento benigno da glândula.
“Houve um pequeno estreitamento do canal uretral, levando-o a ter uma discreta de dificuldade de urinar, mas que sempre foi bem tolerada por ele”, afirmou.
Em outubro, Temer voltou a sentir dificuldades de urinar e teve sangramento. Ele foi socorrido no hospital do Exército, em Brasília, onde pôs uma sonda.
Em seguida, o presidente foi a São Paulo, onde passou por uma cirurgia de raspagem da próstata, no dia 27, no hospital Sírio-Libanês. O procedimento durou duas horas. Foram feitas biópsias da próstata e da bexiga para detectar tumores —ambos descartados.
Em dezembro, a retenção da urina voltou. O presidente foi submetido a uma cirurgia no último dia 13 para desobstrução da uretra e colocou a sonda com aplicação de anestesia geral.