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Suspeito de balear Arthur estava longe, dizem amigos

Três homens foram ouvidos ontem pela polícia, que ainda aguarda o resultado do exame de balística

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Os amigos do suspeito de ter realizado o disparo que resultou na morte do menino Arthur Bencid Silva, 5 anos, na virada do ano na Vila Sônia (zona oeste), disseram, ontem, em depoimento à polícia que estavam com ele em um local afastado de onde a criança foi atingida.

Arthur foi baleado na cabeça quando brincava na garagem da casa de parentes. Duas horas depois, o suspeito de 24 anos foi preso na sua residência em Parelheiro­s (zona sul), a cerca de 20 km de distância de onde estava a criança, por porte ilegal de arma e confessou que tinha atirado seis vezes para o alto na sua rua. Ele pagou fiança de R$ 500 por esse crime e aguarda em liberdade a investigaç­ão da morte da criança.

Segundo o delegado Antônio Sucupira Neto, titular do 89º DP (Portal do Morumbi), dois amigos dele disseram que ficaram com ele das 22h30 até as 2h e em nenhum momento foram para o bairro onde o menino foi baleado. Contaram que andaram de carro na zona sul.

A dupla afirmou que beberam cerveja na casa do suspeito e, por volta da 0h, ele foi até seu carro, pegou o revólver calibre 38 e fez os disparos para o alto. Já o terceiro amigo alegou que encontrou com o trio depois da 1h30 e não viu os disparos.

O delegado disse que mandou o revólver apreendido com o investigad­o e o projétil achado na cabeça da criança para o confronto balístico. O resultado pode ficar pronto em até uma semana.

Sucupira Neto afirmou que esse exame será fundamenta­l para saber se realmente o suspeito tem participaç­ão no crime. “Somente com esse resultado, se der negativo, vamos descartar a participaç­ão desse suspeito na morte do menino Arthur”, disse.

O delegado também contou que vai se reunir com o Instituto de Criminalís­tica para tentar descobrir o caminho da bala. Sucupira disse que a principal hipótese é que o tiro foi disparado para o alto e a bala caiu após atingir a altura máxima atingindo a criança.

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Aloisio Mauricio/Agência O Globo O delegado Antônio Sucupira Neto mostra a arma apreendida com o suspeito de ter efetuado os disparos que acabaram causando a morte de Arthur, de 5 anos
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