Gasolina mudou 119 vezes em 2017
Ao longo de 2017, quando iniciou uma política de ajustes diários nas gasolina, a Petrobras promoveu 119 mudanças no preço do combustível, tanto para cima como para baixo. Porém, apesar dos frequentes reajustes, o combustível subiu mais em 2015, quando a ex-presi- dente Dilma Rousseff pôs fim a um período de represamento dos preços.
O principal impacto neste ano foi do aumento das alíquotas de PIS/Cofins promovidas pelo governo Michel Temer no fim de julho. Os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natu- ral e Biocombustíveis) mostram que o preço médio da gasolina no país em dezembro chegou a R$ 4,085 por litro, alta de 6,53% em relação a dezembro de 2016, já descontada a inflação.
Foi a terceira maior alta anual desde 2001, quando os dados começaram a ser compilados pela agência, perdendo para 2015 (8,42%) e 2004 (7,74%).
Em 2017, o diesel subiu 7,10%, também descontando a inflação, chegando a um preço médio de R$ 3,32 por litro em dezembro.
Em entrevista para detalhar o balanço do terceiro trimestre, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a política de reajustes diários garante rentabilidade e competitividade para enfrentar importações.
Os preços de venda da companhia representam cerca de 30% do valor final do produto nas bombas.