Agora

Prefeito pede Exército nas ruas para julgamento de Lula

Marchezan Jr., de Porto Alegre, diz que há ‘iminente perigo à ordem pública’ para o próximo dia 24

- (FSP)

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), solicitou ao presidente Michel Temer a presença do Exército e da Força Nacional na capital gaúcha no dia do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), marcado para 24 de janeiro.

A Presidênci­a pediu aos ministério­s da Defesa e da Justiça que avaliem o ofício. O tema deverá ser discutido entre Temer e os ministros.

O PT organiza manifestaç­ões em todo o país em caso da confirmaçã­o da condenação de Lula pelo tribunal.

Em primeira instância, o petista foi condenado pelo juiz Sergio Moro a cumprir pena de 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do apartament­o em Guarujá (86 km de SP) reformado pela empreiteir­a OAS.

Lula recorreu, e o TRF-4 é a corte responsáve­l pela avaliação deste recurso. Se a condenação for confirmada, ele pode ficar inelegível.

No pedido de tropas, feito ontem, Marchezan afirmou que há “iminente perigo à ordem pública e à integridad­e dos cidadãos” de Porto Alegre, bem como risco de uma “invasão”.

“Devido as manifestaç­ões de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público”, disse o tucano nas redes sociais.

O prefeito afirmou que lideranças de diversas áreas têm incitado a população a se manifestar.

Marchezan é ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) e crítico ao PT.

Reação

Após Marchezan publicar o pedido, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a atitude do prefeito é “inacreditá­vel” e demonstra “medo do povo”.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que “pessoalmen­te” não vê a “possibilid­ade de emprego das Forças Armadas [nesse caso]”. “Se consultado, reafirmare­i a desnecessi­dade”, disse o ministro. Locais onde o MPF havia solicitado para a realização de atos; pedido foi negado por juiz do RS Parque Moinhos de Vento Local em que a MPF havia pedido para ser realizado o ato contra Lula km 4,5 2,5 km Parque Harmonia Local onde juiz do RS defendeu a realização de atos pró e contra Lula Parque Farroupilh­a Onde a MPF havia pedido para ser realizado o ato pró-Lula

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