Cabeleireira ao fazer lipo e plástica na capital
Paciente teve parada cardíaca durante a cirurgia, diz irmã. Família conta que era contra procedimento
A cabeleireira Alessandra de Almeida Matos, 30, morreu na última sexta-feira durante uma cirurgia de lipoescultura e abdominoplastia no Hospital São Rafael, no Paraíso (zona sul). A família suspeita de erro médico. A causa da morte, segundo declaração do IML (Instituto Médico Legal), foi uma “hemorragia causada por um objeto pérfuro-contundente” (pontudo).
Segundo familiares, Alessandra sofreu uma parada cardíaca uma hora e meia após entrar na cirurgia. Os médicos tentaram reanimála, mas ela não sobreviveu.
“A médica disse à amiga que acompanhava a Alessandra que ela tinha sofrido uma parada cardíaca e uma embolia”, disse a empresária Fernanda de Almeida Matos, 34, irmã da cabeleireira.
Segundo Fernanda, a família soube da causa da morte apenas depois de receber a declaração de óbito. “A família era contra ela operar. Tanto que ela avisou a gente quatro dias antes”, disse Fernanda. “Ela tinha problemas frequentes com pressão baixa e colesterol, todos pediram para que ela não operasse”, falou a irmã. “Ela disse que a médica a tranquilizou porque os exames pré-operatórios estavam todos bons.”
A família afirma que não recebeu nenhum apoio ou contato da médica que chefiou a cirurgia, a cirurgiã plástica Janine Moreira Rodrigues. “Ela cobrou R$ 12 mil. Meu cunhado pagou à vista”, contou a irmã. Os familiares pretendem processá-la. O caso foi registrado como morte suspeita.
1Pode ser sedação intravenosa ou anestesia geral
2A lipoaspiração é feita por pequenas incisões. Uma solução líquida estéril é usada para reduzir o sangramento e o trauma. Uma cânula é inserida nas incisões para soltar o excesso de gordura, em um movimento de vaivém. A gordura é retirada com um aspirador cirúrgico ou seringa