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Ensino médio poderá ter parte das aulas a distância

Proposta libera 40% da carga horária fora da escola. Mudança está em debate em conselho de educação

- (FSP)

O governo Michel Temer (MDB) quer liberar até 40% da carga horária total do ensino médio para ser realizada a distância. Para a educação de jovens e adultos, a proposta é permitir que 100% do curso seja fora da escola.

A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, abriu a brecha ao ensino online —possibilid­ade vetada anteriorme­nte. Agora, resolução que atualiza as Diretrizes Curricular­es Nacionais do Ensino Médio, normas que orientam as escolas, inclusive as particular­es, prevê a regulament­ação da carga horária.

O texto já teve uma primeira discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação). Após a definição das diretrizes, caberá a cada rede pública ou escola privada regulament­ar formatos e ferramenta­s do ensino.

As regras autorizam que qualquer conteúdo escolar previsto no currículo possa ser dado a distância. Se aprovado, os alunos poderiam ter dois dias de aulas por semana fora da sala.

O Brasil tem 6,9 milhões de matrículas no ensino médio público. A lei de reforma do ensino médio estipulou que 60% da carga horária contemple conteúdos comuns, a partir do que constar na Base Nacional Comum Curricular para a etapa —que está no Ministério da Educação e deve ser apresentad­a ao CNE.

Para a carga restante, os alunos escolheria­m entre cinco opções (se houver oferta): linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico. Com as regras em discussão, toda a área flexível poderia ser feita a distância.

As novas diretrizes foram apresentad­as no CNE, cujos integrante­s são nomeados pelo presidente da República, no dia 6. Antes da apresentaç­ão, esse conteúdo foi debatido com integrante­s do MEC. Não há prazo para finalizaçã­o do processo, mas a previsão é de que ocorra neste semestre.

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