Sem DNA ofensivo
Técnico Jair Ventura sofre críticas abertas até do próprio elenco por estilo de jogo adotado pela equipe
A expressão “DNA ofensivo” se tornou tão característica do Santos quanto os gritos de “uh tererê” a cada gol marcado. Por isso, é complicada a tarefa de Jair Ventura, a quem não basta vencer: é preciso vencer de um jeito bem específico.
Mesmo após uma importante vitória na Taça Libertadores —3 a 1 sobre o Independiente, com um a menos em boa parte do jogo—, o treinador foi duramente criticado na partida seguinte. Até por seu elenco.
Vitor Bueno deixou o estádio Santa Cruz, após o empate por 0 a 0 com o Botafogo, reclamando da estratégia adotada. O duelo foi morno na quente Ribeirão Preto.
“Não é a cara do Santos. Mas foi essa a tática que nos pediram”, afirmou o meiaatacante. “Acho que ficou um pouco moroso, sim. Apático”, acrescentou.
A crítica pode ter a ver com o fato de que Bueno ainda não conquistou grande espaço no time de Jair. Mas é ecoada por conselheiros e torcedores, que pouco se importam com as limitações do elenco: o importante é o tal “DNA ofensivo”.
O treinador não viu a morosidade apontada por seu jogador. E explicou que a estratégia tinha a ver com o desgaste carregado do confronto da Libertadores. Amanhã, na Vila Belmiro, na segunda partida contra o Botafogo pelas quartas de final do Campeonato Paulista, terá de ser diferente.