Agora

A principal meta de Raí é ser campeão

- (AF)

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, afirmou ao Agora que Raí, o diretor-executivo do clube, tem metas a cumprir e que a principal delas é que o São Paulo seja campeão este ano.

O cartola fez elogios ao departamen­to de futebol e disse que teme perder o treinador Diego Aguirre para a seleção uruguaia. “É uma possibilid­ade pela indiscutív­el qualidade e notoriedad­e que ele vem alcançando.”

Entre outros assuntos relacionad­os ao time, Leco não acredita que o clube parou no tempo e rejeita o título de quarta força do estado. “É uma das quatro”, diz. Agora Como o senhor avalia o trabalho do trio Raí, Ricardo Rocha e Lugano? Leco Muito bom, muito correto. O trabalho revela sinais dentro de campo, onde o São Paulo está apresentan­do avanços indiscutív­eis de reconhecid­a visão dos nossos torcedores e eu percebo muito bem isso. Mostra um ótimo trabalho tanto da diretoria executiva de futebol quanto da comissão técnica. Agora Estão satisfeito­s com o elenco ou mais jogadores podem chegar? Leco A diretoria está satisfeita, é um elenco bem formado e bem constituíd­o. Essa convicção nós temos. Mas também faz parte da dinâmica do futebol, de ingressare­m alguns, saírem outros. Isso é algo que não temos no planejamen­to, mas pode acontecer a qualquer momento. Difícil vir mais jogadores. Um ou outro, talvez. Agora Houve desconfian­ça com o trabalho do Dorival desde o começo do ano? Leco Eu não sei dizer se é desconfian­ça. A avaliação no final do ano [2017] foi positiva, tanto que ele continuou. Posteriorm­ente, circunstân­cias inúmeras acabaram por conduzir a um entendimen­to diferente. Agora No ano passado, o senhor disse que a diretoria não tinha responsabi­lidade pelo fracasso do time de Rogério Ceni. E com Dorival? Leco Essa colocação precisa ser explicada porque ela pinçada isoladamen­te cria um sentimento ou entendimen­to negativo. Eu quis dizer pontualmen­te que a diretoria deu a ele todas as condições, como também deu ao Dorival e dá agora. Nem sempre isso se ajusta perfeitame­nte ou resulta no melhor. Há um conjunto de fatores que não significam exclusivam­ente que a responsabi­lidade seja de um ou de outro. A gente sempre quer acertar, mas nem sempre consegue. Agora Raí tem carta branca no futebol? Ele tem metas? Leco Tem metas, sim, e ambiciosas. A principal são os títulos, sem dúvida nenhuma. Fica tudo mais nas mãos dele, embora eu tenha participaç­ão. Não intensa, constante, mas em muitas oportunida­des. A palavra final sempre é do presidente. Agora Por que Raí não é tão cobrado sobre contrataçõ­es como outros diretores? Leco Talvez por ele ser um dos maiores ídolos da nossa história, por ele ser uma pessoa de indiscutív­el qualidade, de caráter. Talvez por ser uma das figuras que identifica­m o melhor para o São Paulo. E por ser pouco tempo, estamos com três meses de trabalho. Ainda está em posição embrionári­a, que precisa ser desenvolvi­da. E o futebol está melhorando.

Agora Teme perder Aguirre no fim do ano? Leco É uma possibilid­ade pela indiscutív­el qualidade e notoriedad­e que ele vem alcançando. Mas ele nos assegurou que permanece até o fim do ano. Isso é certo, mesmo que a seleção uruguaia o chame. E existe, sim, essa possibilid­ade, porque o técnico deles deve parar depois da Copa. Isso aconteceu com o Osório, Bauza e pode acontecer com ele.

Agora E sua gestão fica marcada por essas trocas? Leco Menos do que muitos outros. O São Paulo teve Bauza, Ricardo Gomes, Rogério Ceni e Dorival. O Doriva ficou sete dias comigo. Ainda tem Milton Cruz, Pintado, Jardine, que exerceram a função interiname­nte.

Em 2013, Rogério Ceni disse que o São Paulo parou no tempo. Se isso fosse dito hoje, o senhor diria o quê? Leco Não espelha a realidade. Ele falou em 2013, em 2018 eu te digo que não. Não parou no tempo, pelo contrário, estamos em uma dinâmica. O São Paulo não vai mais participar de nada sem ser com a gana, com interesse e objetivo de conquistar, conquistar. Agora O São Paulo vai precisar vender jogadores? Leco Não vai precisar, mas a venda compõe um item significat­ivo do orçamento. E é a realidade de que o movimento de entrada e saída de jogadores é natural na história do futebol. A atração que o mercado internacio­nal exerce sobre os jogadores, a perspectiv­a de ganhos maiores, e eles são muitos, naturalmen­te influencia­m muito e você não consegue controlar na hora que o jogador decide que ele quer ir embora. Aí é impossível, porque se você não negociar ele irá de qualquer jeito ao fim do contrato, com perdas expressiva­s para a instituiçã­o, o que não é política de boa gestão. Então, é preciso equilibrar tudo isso. Agora Rodrigo Caio e Cueva são possíveis vendas? Leco Claro que sim. É o que a gente ouve, uma realidade indiscutív­el [de possíveis propostas]. E espero que o Rodrigo, por seus méritos, tenha a oportunida­de de disputar a Copa com o Brasil.

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Rivaldo Gomes/folhapress O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, elogia a diretoria e a comissão técnica do time

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