Agora

Hospitais públicos infantis têm espera de até 5 horas

Mudança no tempo causa problemas respiratór­ios e aumenta a busca por atendiment­o

- Thiago braga

Quem levou crianças aos hospitais públicos infantis de São Paulo ontem teve de esperar até cinco horas para ser atendido. A mudança repentina no tempo, com o ar mais seco, aumenta a procura pelos serviços por causa de problemas respiratór­ios.

A maior preocupaçã­o dos pais é a bronquioli­te, infecção que causa sintomas semelhante­s aos de um resfriado, mas também dificuldad­e para respirar.

Foi para evitar o agravament­o deste quadro que a atriz Daniela Confessor, 39 anos, levou o filho até o Hospital Infantil Cândido Fontoura, da gestão Márcio França (PSB), no Belém (zona leste). Ela chegou ao local ao meio-dia de ontem e até as 15h não havia sido atendida. “Esperava que o atendiment­o fosse mais ágil e que os funcionári­os fossem mais gentis”, reclamou.

A artesã Thamiris Cristina Queiroz, 30 anos, e o técnico em segurança no trabalho Deividi da Costa, 31 anos, esperaram três horas e meia para que a filha de 3 anos fosse atendida, mas desistiram. “Não havia previsão de atendiment­o”, disse ela.

Até mesmo quem não tinha problemas respiratór­ios sofreu com o aumento da procura. Foi o caso da dona de casa Cláudia Soares, 33 anos, que chegou ao local às 10h com a filha, que estava com um problema no olho, e não havia sido atendida às 15h. “Aqui é sempre assim. Já saí daqui 4h da manhã.”

No Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, na Bela Vista (região central), da gestão Bruno Covas (PSDB), o quadro não era diferente. A espera era de duas a três horas. “Apesar da demora, eu sempre venho aqui. Mas estou aqui com a minha filha de três anos, tossindo, gripada, e aguardando há três horas”, disse o recepcioni­sta Marciel Santos, 32 anos.

 ?? Rivaldo Gomes/folhapress ?? Familiares e crianças na sala de espera do Hospital Infantil Cândido Fontoura, no Belém (zona leste), onde a espera por atendiment­o variava entre duas e três horas; tempo seco aumenta problemas respiratór­ios
Rivaldo Gomes/folhapress Familiares e crianças na sala de espera do Hospital Infantil Cândido Fontoura, no Belém (zona leste), onde a espera por atendiment­o variava entre duas e três horas; tempo seco aumenta problemas respiratór­ios

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