Agora

MP abre inquérito sobre Alckmin em caso de caixa 2

Promotoria apura se houve improbidad­e administra­tiva em repasses de R$ 10 mi citados por delatores

- (FSP).

O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar se Geraldo Alckmin (PSDB) cometeu improbidad­e administra­tiva no caso de suspeita de caixa dois de mais de R$ 10 milhões.

O cunhado do presidenci­ável tucano Adhemar Cesar Ribeiro e o secretário estadual Marcos Monteiro foram incluídos na ação.

Os dois são apontados por delatores da Odebrecht como operadores de recursos não declarados nas campanhas do tucano ao governo paulista de 2010 e 2014.

Alckmin sempre negou qualquer irregulari­dade e disse que suas campanhas foram feitas dentro da lei.

A investigaç­ão deriva do inquérito que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) encaminhou à Justiça Eleitoral, sob alegação de que não havia indícios de corrupção passiva. Com a decisão, Alckmin saiu da mira imediata da Operação Lava Jato.

Na nova investigaç­ão, o Ministério Público Estadual se atém à esfera civil. Uma condenação por improbidad­e não inclui possibilid­ade de prisão, mas pune com multa, perda de cargo e proibição de contratar com governos, por exemplo.

A Improbidad­e administra­tiva ocorre em casos como recebiment­o de propina, fraude em licitação e busca de vantagem pessoal.

Na peça, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social paulista requer o compartilh­amento de provas do inquérito original ao desembarga­dor Carlos Eduardo Padin, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de SP.

Resposta

Em nota, a assessoria de Geraldo Alckmin declarou que “o ex-governador vê a investigaç­ão de natureza civil com tranquilid­ade e está à disposição para prestar quaisquer esclarecim­entos”.

Após deixar o governo paulista, há duas semanas, Alckmin perdeu o foro especial —o tucano se diz contra ele. O inquérito, que tramitava em sigilo no STJ, foi então encaminhad­o à Justiça Eleitoral de São Paulo.

A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso de Alckmin no STJ, atendeu a requerimen­to do vice-procurador­geral, Luciano Mariz Maia, segundo quem as investigaç­ões indicam a prática de crime eleitoral

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Paulo Whitaker - 18.abr.2018/reuters O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que vê a investigaç­ão do MP com tranquilid­ade
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