Rival indigesto
Com a confiança em baixa, treinador sob ameaça de queda e atletas contestados, Verdão pega pedreira
Em comum no atual momento entre Palmeiras e Inter, que se enfrentam hoje às 16h no Pacaembu, o futebol que não encanta os torcedores, os resultados decepcionantes e a necessidade de reagirem com urgência.
Espera-se então uma apresentação muito tensa, pois, nesse cenário, há também o fogo brando queimando os dois treinadores, o palmeirense Roger Machado e o colorado Odair Hellmann.
Por mais que seja o mandante, o Verdão luta também contra a freguesia em duelos com o clube gaúcho.
Para se ter uma ideia (veja a arte abaixo), na história do confronto, o Colorado tem amplo domínio. Em 87 apresentações, os palmeirenses conquistaram 28 vitórias, foram 22 empates e o Inter venceu 37 partidas.
A história se repete quando o assunto é Campeonato Brasileiro. Em 62 duelos, o Verdão ganhou 18 jogos, com 16 empates e 28 triunfos do clube visitante.
Na largada do Nacional, na última segunda-feira, o Palmeiras deixou escapar a vitória contra o Botafogo, no Engenhão. Anotou 1 a 0 com Guerra no começo da etapa final e sofreu empate com erro bisonho na defesa no tento de Igor Rabello.
O problema é que a zaga já tinha entregado o ouro no empate com o Boca Juniors pela Libertadores e na derrota na final do Paulista, que custou a perda do título para o arquirrival Corinthians.
Voto de confiança
Ao analisar esse período de turbulência, o técnico Roger Machado admitiu que o momento pede que a equipe tenha “reação imediata”.
Segundo o comandante, que conhece a força gaúcha, é preciso ter muito cuidado.
“Palmeiras e Internacional sempre é um clássico. O que não podemos deixar é que avaliações externas nos iludam, de adversário eliminado, de que (o Inter) virá jogar em São Paulo e de que será facilmente batido. É sempre um jogo duro e disputado”, diz Roger, que pede um voto de crédito para a torcida alviverde. “Jogaremos para vencer, obviamente, mas precisaremos do apoio do nosso torcedor, até porque o jogo não será no Allianz Parque, mas sim no Pacaembu”, completou o treinador.
Apesar de ter vencido o Bahia na estreia do Nacional, no Beira-rio, o Inter foi eliminado na Copa do Brasil ao perder nos pênaltis para o Vitória, em Salvador, na última quinta-feira.
“Eliminação dói. Mas temos que virar a página logo. Nós vínhamos de três vitórias seguidas. Não chega a ser momento delicado”, disse o volante Edenílson, que deve ser improvisado hoje como lateral direito.