Agora

Vestidos ’made in China’ viram febre entre as noivas

Em tempos de crise e recessão, vestidos asiáticos, muito mais baratos, se tornam cada vez mais comuns

- Gilberto yoshinaga

A euforia de agendar o casamento quase virou martírio quando a publicitár­ia Karoline de Almeida Dutra, 27 anos, começou a procurar um vestido de noiva. Moradora de Santo André (ABC), não achou em sua cidade um modelo que a agradasse. Então, foi à rua São Caetano, na Luz (região central de SP), a “rua das noivas”, onde há mais de 100 lojas. Lá, após muita procura, encontrou o vestido de seus sonhos.

“Ele era perfeito, mas custava R$ 9.000, caro demais para mim. Chorei muito e até pensei em desistir”, conta. “Aí lembrei de ter ouvido falar de um site de vestidos chineses. Quando vi, era um mais lindo que o outro.”

Karoline pagou R$ 1,3 mil pelo vestido de seus sonhos, incluindo frete e taxa de importação. “Mais importante do que economizar foi ter o casamento que sempre sonhei”, diz, ainda radiante —trocou alianças em março.

A advogada Luana dos Santos Brandão Andrade, 35 anos, tinha pesquisado um vestido brasileiro cujo aluguel custaria R$ 2 mil. Acabou comprando um similar chinês que custou R$ 1,2 mil. “Isso inclui frete, taxa de importação e a costureira que fez ajustes”, conta ela, que se casou em setembro e se diz satisfeita com a escolha.

“Os vestidos chineses são bons e bem mais baratos. Há três anos, por causa da crise, começaram a se populariza­r aqui”, diz Tatiana Rossini, 35 anos, que há nove comanda a loja Ellegancy Costuras.

Ela lembra que as orientais costumam ter busto e quadril menores e, por isso, as brasileira­s compram vestidos uma ou duas numerações acima. “Bom para mim, que faço ajustes. Creio que 90% das minhas clientes compraram os vestidos da China.”

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Rivaldo Gomes/folhapress A advogada Luana dos Santos Brandão Andrade usa o vestido chinês comprado por R$ 1,2 mil; ela se casou em setembro e aprovou a qualidade e a economia

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