Prefeitura atende menos reclamações por barulho
Percentual de queixas atendidas caiu de 13,9 de janeiro a março de 2017 para 9,5% este ano
A Prefeitura de São Paulo, ainda sob a gestão de João Doria (PSDB), reduziu em mais de 30% o percentual de reclamações atendidas pelo Psiu no primeiro trimestre deste ano. Como houve também uma redução no número de reclamações, a queda dos atendimentos foi ainda maior (veja quadro ao lado).
O número diz respeito às chamadas feitas no 156, serviço de atendimento à população da administração municipal. O Psiu (Programa Silêncio Urbano) atende reclamações sobre barulho excessivo, principalmente de bailes funk e estabelecimentos comerciais, como bares.
Nos três primeiros meses de 2018, a prefeitura recebeu 5.880 reclamações e atendeu os moradores com 556 visitas aos locais que foram alvos de reclamações, um percentual de atendimento de 9,5%.
No período equivalente do ano anterior, a prefeitura, sob a gestão Doria, recebeu 5.929 reclamações de barulho excessivo e fez 822 atendimentos. Com um número semelhante de reclamações, o atendimento foi de 13,9%.
No primeiro trimestre de 2016, último ano da gestão de Fernando Haddad (PT), 7.657 reclamações de barulho foram encaminhadas por telefone para a gestão municipal e 1.231 foram atendidas, o que equivale a um índice de 16,1%.
Um mês
O tempo médio para o atendimento dos pedidos pela prefeitura se manteve praticamente estável na comparação dos três períodos analisados: 30 dias em 2016, 31 em 2017 e 29 em 2018. Com a redução dos atendimentos, aumentou também o percentual de solicitações em espera. Eram 81,4% no primeiro trimestre de 2016, o que totalizava 6.229 casos. No ano passado, elas chegavam a 84,3% (5.000 casos). No mesmo período deste ano, o percentual foi 87,7%, com 5.154 novos casos à espera de solução.