‘Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho’, diz Bolsonaro
O deputado federal e précandidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) desqualificou o documento secreto de 1974 liberado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, em que o chefe da CIA afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel (19741979) aprovou a continuidade de uma política de “execuções sumárias” de adversários da ditadura militar.
“Errar, até na sua casa, todo mundo erra. Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Super Notícia, em Belo Horizonte.
O deputado minimizou o relato do diretor da CIA, dizendo que o agente teria interpretado de forma errada uma conversa do ex-presidente Ernesto Geisel.
“Quantas vezes você não falou no canto: tem que matar mesmo, tem que bater mesmo, tem que dar canelada, tem que dar uma de Junior Baiano e entrar com os dois pés no pescoço do adversário. Você já falou isso. Talvez o cara tenha ouvido uma conversa como essa, feito o relatório e mandou”, afirmou.
Bolsonaro disse também que o documento foi uma forma de prejudicá-lo, uma vez que ocupa o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
O deputado também questionou onde estariam os 104 executados citados pelo documento e afirmou que pode até responder questionamentos sobre mortos e desaparecidos durante a ditadura, mas que “se os caras estivessem vivos, por um motivo qualquer hoje estariam presos acompanhando o Lula em Curitiba”.
Ele negou, porém, que esteja disposto a retomar o mesmo sistema no país. “O momento era outro.