Feridos durante protesto lotam hospitais de Gaza
Os hospitais de Gaza ficaram lotados de pacientes feridos durante protesto na fronteira de Israel, à espera de tratamento, e de seus familiares, ontem, após o dia mais letal para palestinos em anos de conflito com Israel.
Além dos 60 palestinos mortos pelas forças de Israel anteontem, mais de 1.700 tiveram ferimentos que exigiam atenção hospitalar, afirmaram médicos de Gaza.
No Hospital Shifa, o maior dos 13 hospitais na faixa de Gaza, funcionários já haviam erguido barracas de campanha no pátio desde a semana passada, prevendo um grande número de vítimas nos protestos contra a transferência da Embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém. Bassem Ibrahim, 23 anos, que disse ter levado um tiro israelense na perna. “Não há muitos médicos. Eles não conseguem ver todo mundo, com todos esses feridos”, disse ele, que tem medo de perder o membro por causa da demora.
Após um apelo das autoridades de saúde de Gaza, o Egito aceitou que alguns dos feridos fossem transferidos para hospitais no Cairo.
Novos protestos
Ao menos dois palestinos foram mortos ontem ao participar de um ato próxima da fronteira com Israel, de acordo com autoridades de saúde da faixa de Gaza.
A onda de manifestações chegou também à Cisjordânia, onde pequenos grupos protestaram contra a ação dos israelenses, aumentando assim o temor de uma eclosão de violência —até então restritos à Gaza.