Brasileiros são acusados de ligação com Estado Islâmico
Justiça acata denúncia do Ministério Público Federal contra nove pessoas após um comunicado espanhol
O Ministério Público Federal acusa 11 pessoas —sendo que nove viraram réus— de tentarem formar uma organização criminosa para promover no Brasil a facção terrorista Estado Islâmico e de recrutarem um menor de idade para ataques.
Segundo a denúncia, do dia 20 de abril, os acusados são investigados desde 2016 pela Polícia Federal e chegaram a debater a possibilidade de cometer atentados em território brasileiro —cogitou-se um ataque no Carnaval do Rio de Janeiro.
No final de abril, a denúncia acabou aceita.
A investigação começou a partir de um comunicado enviado pela Guarda Civil espanhola dando conta de que números de telefones brasileiros estavam em três grupos do aplicativo de mensagens Whatsapp que seriam responsáveis pela promoção do Estado Islâmico.
As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmadas pela reportagem, que teve acesso à denúncia feita pelo procurador Divino Donizette da Silva em Goiás.
A partir da informação da Espanha, os policiais chegaram a Weverton Costa do Nascimento, que administrava grupos de Whatsapp.
A PF chegou a outros acusados, entre eles Welington Moreira de Carvalho, que se autointitulava líder da rede terrorista Al Qaeda no Brasil.
Weverton teve a prisão preventiva decretada e está detido, assim como Jhonathan Sentinelli Ramos.
Outros que viraram réus são: Harisson de Souza Andrade, Jonatan da Silva Barbosa, Kleiton Franca Nogueira, Thiago da Silma Ramos Benedito, Matheus Santos Pinaffo, e Antonio Marcos Souza Nascimento.
Respostas
A maioria é representada pelos defensores públicos Mariana Costa Guimarães e Carlos de Almeida Sales Macedo. Em nota, eles disseram que não há vínculo permanente entre os acusados e que as provas de acusação “basicamente se limitam a trocas de mensagens de Whatsapp, o que não configura ato concreto de promoção ao terrorismo”.