Agora

País tem postos fechados e serviços públicos suspensos

- (FSP)

O governo federal e sindicatos que representa­m os caminhonei­ros anunciaram ontem à noite a suspensão por 15 dias da greve que parou o país nos últimos quatro dias. No entanto, ao menos duas entidades não aceitaram o acordo, colocando em dúvida o fim da paralisaçã­o.

Ontem, os caminhonei­ros fizeram bloqueios em mais de 496 pontos de rodovias federais em 25 estados e no Distrito Federal. Eles reivindica­vam a redução do preço do diesel. Anteontem, o governo Michel Temer (MDB) havia proposto uma redução de 10% por 15 dias.

À noite, após sete horas de reunião, o governo Temer anunciou acordo com 11 sindicatos do setor. Entre os itens acertados estão a redução em R$ 0,23 do preço do diesel durante 15 dias e a redução a zero da Cide (imposto sobre o combustíve­l) em 2018. Segundo o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), apenas a União Nacional dos Caminhonei­ros não aceitou com os termos. No entanto, a Abcam (Associação Brasileira de Caminhonei­ros), que representa 700 mil motoristas, também disse que não concorda com o governo e afirmou, à tarde, que manteria a greve até que a redução do imposto se tornasse lei.

Abastecime­nto

Durante todo o dia de ontem, a falta de abastecime­nto se agravou em todo o país. Motoristas enfrentara­m filas quilométri­cas e postos ficaram sem combustíve­is, supermerca­dos limitaram a compra de produtos e serviços públicos, como transporte e coleta de lixo, foram suspensos ou reduzidos.

A Polícia Militar de São Paulo, por exemplo, anunciou a redução do patrulhame­nto nas ruas, para poupar combustíve­l. Aeroportos também correm risco de desabastec­imento —em Brasília, só pousavam aviões que não precisavam ser reabasteci­dos. Estoques de suprimento­s hospitalar­es foram afetados e no sul do país, cinco hospitais tiveram de cancelar cirurgias.

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sobre a greve da pág. A4 à A6

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