Consumidor vê alta de preço nas feiras e nem a xepa escapa
O quarto dia de greve dos caminhoneiros já fez o preço subir nas feiras em São Paulo. Quem foi até na da rua Martim Francisco, no centro da capital, se assustou e sentiu a diferença no bolso.
“O abacaxi, na semana passada, era comercializado por R$ 5, e agora está R$ 7. O preço está alto”, reclama a empregada doméstica Neucilene Costa, 41 anos.
E até quem recorreu à feira para poder pechinchar, ficou decepcionado com o que viu. “Nem mesmo a xepa, que é um horário em que os produtos normalmente já baixaram de preço, está barato”, afirma a comerciante Ana Maria da Silva, 66.
Segundo a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), houve aumento de preços por conta da escassez de alguns produtos. A batata lavada, por exemplo, saltou de R$ 2,20 para R$ 4,29 o quilo, ou seja, quase dobrou.
José Torres, presidente do Sincofer (Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de São Paulo), diz que ainda não há registro de falta de alimentos. Mas afirma que se a greve não for resolvida rapidamente, ele acredita que haverá desabastecimento no início da próxima semana.
“Há muitos feirantes que também são produtores. Então, sempre vai ter feira com alimento”, afirma.
Alguns feirantes, diz Torres, estão indo para cidades como Cotia, Ibiúna e Mogi das Cruzes, na Grande SP e no interior, por estradas menores, para comprar direto na roça”, relata.