Agora

Articulaçã­o gera suspeitas

- (FSP)

A rapidez com a greve se alastrou pelo país desperta suspeitas de que as transporta­doras, que também sofrem com o aumento do preço do diesel, participam da mobilizaçã­o, o que é proibido por lei. Seria o chamado locaute, paralisaçã­o organizada pelo setor empresaria­l. A legislação brasileira só garante o direito à greve aos trabalhado­res.

O próprio governo já considera o movimento um locaute. O ministro Raul Jungmann (Segurança) chegou a utilizar o termo em uma postagem em rede social ontem.

Da frota regulariza­da de 1,76 milhão de veículos de carga no país, o caminhonei­ro autônomo responde por pouco mais de um terço —37% do total, conforme dados da ANTT( Agência Nacional de Transporte Terrestre). Transporta­doras privadas e cooperativ­as respondem por 62% do setor.

Procuradas, as transporta­doras privadas contaram que pararam de enviar os veículos para as estradas. No entanto, negam que tenham aderido à mobilizaçã­o. Dizem que estão preocupada­s com a segurança.

“Há transporta­doras com centenas de caminhões parados nos piquetes nas estradas, colocando em risco os motoristas e as cargas”, diz Hélio Fernandes, presidente da NTC & Logística

Procurada, a CNT (Confederaç­ão Nacional do Transporte) não se manifestou, alegando que representa empregados e empregador­es, e que havia opiniões divergente­s na entidade. Mas soltou recentemen­te nota dura contra a Petrobras. Em julho de 2017, a Petrobras passou a realizar ajustes de preços (para cima ou para baixo) com mais agilidade, inclusive, diariament­e

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