Crianças serão identificadas por DNA
Os corpos das três crianças mortas em um incêndio anteontem à noite na Mooca (zona leste) foram encontrados carbonizados. Para identificá-los, foi preciso fazer um exame de DNA.
Debora Costa da Silva, mãe das crianças, teve alta do Hospital São Paulo ontem e esteve no IML para coleta do DNA. Ela ficou em estado de choque e foi internada no Hospital São Paulo.
O incêndio aconteceu em um cômodo no fundo do galpão onde Debora vivia com os filhos. Outra família vivia no cômodo ao lado, que também foi incendiado.
“Foi tudo rápido, não deu tempo de salvar as crianças”, diz Antonia Francinilda, 43 anos, moradora da ocupação. O incêndio começou por volta das 19h. Moradores dizem que bombeiros chegaram rápido, mas não conseguiram salvar os meninos.
A Defesa Civil cadastrou 61 famílias que vivem no local e a prefeitura ofereceu abrigo na noite do incêndio, mas os moradores preferiram passar a noite na rua e voltaram para o galpão na manhã de sábado. “Eles não quiseram sair da rua, demos colchões e cobertores”, diz Cesar Hernandes, coordenador da Assistência Social da Prefeitura.
“Estamos aqui porque precisamos”, diz a moradora Sandra Maria da Silva, 53 anos. O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, ofereceu ajuda. “A cidade tem que se mexer com relação a essa situação, essas pessoas não são perfil de albergue”, diz.