Capital começa a semana sem saber quando terá gasolina
PM começou a escoltar caminhões, mas pressão de sindicalistas cancelou operações à noite
A capital e a região metropolitana de São Paulo começam a semana hoje sem saber quando o abastecimento de combustíveis será normalizado. Ontem, no sétimo dia de paralisação dos caminhoneiros, os bloqueios continuavam em estradas do país. Eles protestam contra a alta dos preços dos combustíveis.
O governador Márcio França (PSB) afirmou ontem que 90% dos bloqueios no estado tinham acabado, mas na Régis Bittencourt, por exemplo, os manifestantes só deixavam passar veículos com remédios e cargas vivas.
A PM começou a escoltar caminhões-tanque até postos da capital, mas à noite cancelou a segurança que faria a 20 postos. Segundo a corporação, houve pressão de sindicalistas sobre donos de postos, que ficaram com medo de receber os caminhões. No sábado, 99% dos estabelecimentos não tinham gasolina, etanol e diesel, disse o Sincopetro (sindicato dos postos do estado).
O presidente da entidade, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou ontem que, se os postos forem reabastecidos, a previsão é de até uma semana para os estoques voltarem ao normal. “Quando os postos estiverem abastecidos, vai levar de cinco a sete dias para chegar ao nível que havia antes [normalizar o abastecimento]. Isso porque o posto será abastecido, vai formar fila, vai secar e ficará nisso até que os consumidores percam o medo de ficar sem combustível”, avalia.
Euforia e desânimo
À tarde, a chegada de um caminhão de combustível em um posto no Jardim América (zona oeste) animou motoristas, mas por pouco tempo, pois o local só abriria hoje, e a prioridade seria os carros da polícia. A comerciante Maria Inês Tosi chegou a se alterar com um dos PMS. “Pelo amor de Deus, sei que vocês precisam, mas deixem um posto para a gente.”
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