Tribunal da Lava Jato avança em direito dos aposentados
Especialistas ouvidos pelo Agora disseram que tribunal do Sul do país, é considerado ousado e inovador
Progressista, ousado e inovador. Entre especialistas em direito previdenciário, esses são alguns adjetivos comuns para se referir ao TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que abrange os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Notabilizado nos últimos meses por estar à frente das principais ações da Operação Lava Jato, tal tribunal também tem sido responsável por importantes decisões que têm favorecido os aposentados e que, em muitos casos, se tornam referências em outras instâncias judiciais.
“De fato, o TRF 4 é muito mais progressista não só em relação ao direito previdenciário, mas também em outras temáticas jurídicas, como o direito da família, por exemplo. Assim, também se tornou um tribunal de vanguarda, inovador”, afirma Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários). “O TRF 4 tem um perfil mais flexível. Não fica engessado em formalidades jurídicas, se preocupa mais com o direito do que com a forma e procura acompanhar as transformações da própria sociedade”, diz Santos.
A opinião é compartilhada por Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário). “Realmente, o TRF 4 é diferenciado, mais proativo e avançado em relação a muitos assuntos. Dentre eles, o direito previdenciário”, diz.
Para ela, isso se deve a uma soma de fatores. “Referente a decisões judiciais, o Sul concentra advogados muito estudiosos e juízes que entendem muito de direito previdenciário e até são referências em cursos de direito. Por isso, algumas decisões do TRF 4 são inéditas e norteiam tribunais de todo o país.”