Agora

Tribunal da Lava Jato avança em direito dos aposentado­s

Especialis­tas ouvidos pelo Agora disseram que tribunal do Sul do país, é considerad­o ousado e inovador

- Gilberto yoshinaga

Progressis­ta, ousado e inovador. Entre especialis­tas em direito previdenci­ário, esses são alguns adjetivos comuns para se referir ao TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que abrange os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Notabiliza­do nos últimos meses por estar à frente das principais ações da Operação Lava Jato, tal tribunal também tem sido responsáve­l por importante­s decisões que têm favorecido os aposentado­s e que, em muitos casos, se tornam referência­s em outras instâncias judiciais.

“De fato, o TRF 4 é muito mais progressis­ta não só em relação ao direito previdenci­ário, mas também em outras temáticas jurídicas, como o direito da família, por exemplo. Assim, também se tornou um tribunal de vanguarda, inovador”, afirma Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenci­ários). “O TRF 4 tem um perfil mais flexível. Não fica engessado em formalidad­es jurídicas, se preocupa mais com o direito do que com a forma e procura acompanhar as transforma­ções da própria sociedade”, diz Santos.

A opinião é compartilh­ada por Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenci­ário). “Realmente, o TRF 4 é diferencia­do, mais proativo e avançado em relação a muitos assuntos. Dentre eles, o direito previdenci­ário”, diz.

Para ela, isso se deve a uma soma de fatores. “Referente a decisões judiciais, o Sul concentra advogados muito estudiosos e juízes que entendem muito de direito previdenci­ário e até são referência­s em cursos de direito. Por isso, algumas decisões do TRF 4 são inéditas e norteiam tribunais de todo o país.”

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