Agora

O futuro da maior empresa do país

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A saída de Pedro Parente da Petrobras foi um desastre para a imagem da companhia e para o que resta de confiança no governo Michel Temer (MDB).

Para se ter uma ideia, a estatal terminou a sexta-feira (1º) valendo R$ 40 bilhões a menos no mercado.

Isso pode ser revertido, mas o fato é que há um temor geral a respeito do futuro da maior empresa do país.

Parente ficou na berlinda por causa da disparada dos preços da gasolina e do óleo diesel nos últimos meses.

Com a paralisaçã­o dos caminhonei­ros, que apesar de seus abusos ganhou o apoio da população, o governo decidiu a toque de caixa baixar na marra os preços do diesel.

É claro que sempre se pode pensar num jeito de evitar transtorno­s para o consumidor com reajustes quase diários nos combustíve­is.

Mas, com o petróleo ficando mais caro no mundo todo, a estatal (que pertence a todos os brasileiro­s) não pode morrer no prejuízo.

Aliás, ela quase foi à lona na gestão de Dilma Rousseff (PT) justamente porque estava sendo administra­da na base do controle de preços (e da corrupção).

O governo Temer não se preparou para a bronca geral com o encarecime­nto dos combustíve­is. O jeito agora é controlar os danos.

Deu muito trabalho tirar a Petrobras do buraco. É preciso proteger a empresa de novas politicage­ns.

Uma saída é discutir com seriedade os impostos que incidem sobre a gasolina e o diesel, que são mesmo muito altos. Aliás, isso acontece com quase todos os produtos no Brasil.

No final das contas, é um tiro no pé. A arrecadaçã­o aumenta, mas depois é preciso gastar grana para atender a queixas como as dos caminhonei­ros.

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