Aparelho é encontrado na 25 de Março
Na rua 25 de Março (região central de São Paulo), um dos maiores centros populares de compras da América Latina, não é possível ver o minicelular à venda. Mas basta perguntar sobre o aparelho aos vendedores que ficam andando pela rua que logo se consegue informações. “O batonzinho, né? Podemos conseguir, mas tem que encomendar”, disse um dos vendedores à reportagem, que não se identificou.
Um outro vendedor logo se prontificou a passar o celular para fazer o pedido. A reportagem entrou em contato com ele por Whatsapp, perguntando sobre o aparelho.
Ao questionar se o aparelho era de plástico, o vendedor respondeu por áudio. “É todo de plástico. Passa direto no detector [de metais].”
Na sequência, ele enviou outro áudio, dizendo que o aparelho entra facilmente em uma das prisões mais conhecidas do estado, Penitenciária Zwinglio Ferreira, de Presidente Venceslau (611 km de SP). “Ô jovem, esse aqui entra até em Venceslau, fica tranquila, é todo de plástico”, disse o vendedor.
Cada “batonzinho” sai por R$ 150 e pode ser encomendado de manhã, que chega à tarde, segundo áudio. “Ele é mais carinho porque é de plástico. Vê aí que no dia que você quiser buscar, já deixo separado para você.” A reportagem agradeceu e não entrou mais em contato.
Outra região de comércio popular ali perto, a rua Santa Ifigênia não tinha o aparelho à venda. Alguns comerciantes até sabiam do que se tratava, mas nenhum deles fez menção à venda do minicelular proibido.
A venda de aparelhos não certificados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é crime contra as relações de consumo. diz vendedor, em troca de mensagens Idem Idem