Trump volta a confirmar reunião com norte-coreano
Encontro do dia 12, que norte-americano chegou a falar em cancelar, vai mesmo ocorrer em Singapura
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem que a cúpula com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, acontecerá, enfim, no próximo dia 12, em Singapura.
Objeto de idas e vindas ao longo das últimas semanas, a reunião havia sido cancelada pelo próprio americano na semana passada, sob a alegação de que o regime de Pyongyang dera amostras de “franca hostilidade” em declarações alguns dias antes.
Mas, depois de uma reunião de quase duas horas com Kim Yong-chol, braçodireito do ditador, Trump disse que o dirigente nortecoreano está “comprometido com a desnuclearização” de seu país e que está “construindo um bom relacionamento” com ele.
Um acordo pode selar o fim oficial da Guerra da Coreia, que marcou a separação da península Coreana e terminou há 65 anos, mas sem um acordo de paz. “É um grande começo”, afirmou o americano. “Mas vai ser um processo. Nós não iremos assinar nada no dia 12.”
A histórica conversa entre Trump e Kim Yong-chol foi acompanhada a distância pelas TVS americanas, que exibiam ao vivo a janela da Casa Branca onde se via o norte-coreano.
Foi a primeira vez em 18 anos que uma autoridade norte-coreana pisou na Casa Branca —e apenas a segunda em que um emissário de Pyongyang esteve frente a frente com um presidente americano em exercício.
Kim Yong-chol viajou a Washington para entregar uma carta do ditador coreano a Trump, que o presidente afirmou ainda não ter lido.
Era uma tentativa de reaproximação entre os dois líderes. “Não abri de propósito. Posso estar prestes a ter uma grande surpresa!”, brincou Trump com os jornalistas, para depois falar que teve uma conversa produtiva com o norte-coreano.