À moda corintiana
Corinthians aposta em contra-ataques para bater o Mengão amanhã, no Rio, em duelo pela liderança
Receber o América ou visitar o Flamengo? Teoricamente, o duelo considerado mais difícil seria o confronto com os cariocas. Mas isso não se aplica ao Corinthians, que, ironicamente, costuma ter mais facilidade para jogar contra adversários mais fortes, ofensivos e abertos, que deixam espaços. Isso ocorre pelo estilo de jogo implementado por Fábio Carille e seguido por Osmar Loss.
Com uma defesa consistente, o alvinegro aposta em contra-ataques precisos para buscar suas vitórias. Consegue, assim, jogar bem até mesmo sem um centroavante, no esquema 4-2-4, tática que usará amanhã diante do rubro-negro, no Maracanã.
Líder do Brasileiro, apenas três pontos à frente do Timão (17 a 14), o Mengão passa boa parte do tempo no ataque e deixa brechas atrás.
“O Flamengo é um time que trabalha bem a bola e deixa espaço. É jogo que Jadson e Rodriguinho gostam, com mais finalizações”, explica o goleiro Walter.
“Quando se joga contra uma equipe que também nos ataca e dá mais espaço na defesa, é até melhor jogar assim [sem centroavante]”, acrescenta Rodriguinho, que tem se destacado em jogos grandes nesta temporada.
Vice-artilheiro da equipe no ano, com oito gols, o camisa 26 marcou metade dos seus tentos em clássicos.
A fase goleadora se deve à sua função no 4-2-4, na qual ele se divide entre criar e finalizar, assim como Jadson, não à toa, o artilheiro do time, com nove gols.
“Era uma função nova e acabou surpreendendo a todos, até a mim mesmo”, reconhece o meia, que diz ter dificuldade para atacar rivais mais fracos, como foi o América, na quinta, quando o Timão sofreu para fazer 1 a 0.
“Quando enfrentamos um time fechado, os zagueiros são mais fortes do que eu. Dependendo do jogo, sinto falta de um cara mais forte para fazer o pivô”, diz.