Santistas estão com os nervos à flor da pele
Na zona da degola do Brasileiro, o Peixe vive pior fase no ano e a torcida exige a saída de Jair Ventura
O clima tenso aumentou logo após o Peixe ser derrotado pelo Atlético-pr, anteontem, em Curitiba, e acumular a terceira queda consecutiva neste Brasileiro.
Na entrada do hotel onde os santistas se hospedaram em Curitiba, um grupo de torcedores protestou na chegada da delegação.
Alguns deles foram ao saguão e tiveram uma conversa com o vice-presidente Orlando Rollo, o volante Renato e o atacante Gabigol.
O camisa 10 foi o mais cobrado pelos alvinegros, que chegaram a bater nos vidros da recepção do hotel. Eles foram contidos por policiais militares, acionados para evitar mais problemas.
A preocupação com possíveis protestos no desembarque no aeroporto de Congonhas, ontem pela manhã, em São Paulo, fez o clube reforçar a segurança, mas não foi preciso o esforço dos dez homens contratados para proteger a delegação. Apenas quatro torcedores alvinegros compareceram ao local.
“Agora é pedir apoio [da torcida], e a gente, dentro de campo, procurar melhorar para sair com o resultado, que são as vitórias” disse rapidamente o volante Renato, o único a falar no aeroporto.
Protesto agendado
Na Baixada, os muros da Vila Belmiro foram pichados na madrugada de ontem.
Mais tarde, torcedores espalharam faixas no estádio e em uma casa em frente ao estádio —pediam respeito ao clube e chamavam o técnico Jair Ventura de retranqueiro.
A Torcida Jovem, maior organizada santista, convocou um protesto hoje, às 16h, no portão do CT Rei Pelé, durante o último treino do elenco, que é no mesmo horário do duelo de amanhã, contra o Vitória, em casa.
A campanha do alvinegro na temporada é preocupante. Em 31 jogos, o time obteve 12 vitórias, seis empates e 13 derrotas. Foram 37 gols marcados e 33 sofridos.