No futuro
BMW i3 fica imune à crise atual de desabastecimento e mostra que o amanhã pode ser elétrico
O greve dos caminhoneiros das últimas semanas gerou uma crise de desabastecimento em todo o país. Postos ficaram sem combustíveis e o pouco que chegava às bombas gerava filas enormes de motoristas querendo um pouco de gasolina, álcool ou diesel para seus carros.
Alheio a tudo isso estava o BMW i3, veículo elétrico que o Agora testou nas ruas de São Paulo nesta semana.
Ele é movido 100% a eletricidade, embora tenha um motor a gasolina de 600 cm3 que não move o carro, mas carrega a bateria quando a carga chega a 20%. Ele fornece mais 140 km de autonomia, mas quem anda menos do que os 160 km garantidos pela eletricidade, quase nunca vai precisar abastecer o tanque de nove litros.
Ao dar a partida, o silêncio permanece dentro do i3. Somente o painel aceso indica que ele já está ligado.
Todo o torque do motor já está disponível e o pé cravado no acelerador resulta uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos, digno de esportivo. Mas o propósito do hatch é outro. Dá para andar devagar na cidade ouvindo somente o atrito do pneu contra o asfalto. Dentro do limite de velocidade, o freio se torna item dispensável. Ao ver o semáforo fechado, é só tirar o pé do pedal da direita que a velocidade diminui sozinha até a parada total.
O acabamento parece simples, mas é proposital. Os tecidos que revestem os bancos e parte das portas é feito com garrafas PET recicladas. O painel é feito com uma fibra vegetal e os assentos são mais finos para diminuir o peso.
O banco traseiro é suficiente para duas pessoas, que têm fácil acesso. As portas traseiras são do tipo “suicida” nos dois lados
A versão atual do BMW i3 era vendida por R$ 159.990, mas já não existe mais nas lojas. A nova, com autonomia maior, chega mês que vem.